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Acelerando a carreira antes mesmo do estágio

O principal casamento de nossas vidas é com a nossa própria profissão. Dois motivos tornam essa máxima cada vez mais verdadeira. O primeiro é que, geralmente, é por meio da carreira escolhida que vamos tirar o sustento ao longo de toda a vida. Nossa remuneração influenciará o bem-estar e a liberdade que pretendemos obter em nossa trajetória. O segundo, por sua vez, é que o matrimônio tradicional deixou de ser uma instituição sólida e segura e tornou-se, como acusou o filósofo britânico Zygmunt Bauman, algo “líquido”, isto é: um produto mais facilmente descartável quando não está dando tão certo. A carreira, em suma, torna-se o relacionamento mais duradouro e seguro do ser humano.

Na era da globalização, a busca pelo casamento eternamente bem-sucedido dos antigos deu lugar ao sonho de uma carreira bem-sucedida, em constante crescimento e, por que não, desafiadora. O erguimento de uma vida profissional sólida é o novo motivo de ansiedade do jovem do Século XXI. É que os caminhos a se seguir são tão variados quanto as dúvidas que costumam surgir. O mercado, muito dinâmico, exige agora do jovem bem mais do que se esperava em décadas passadas.

Exemplo dessa cobrança, para desespero de muitos pais, são as vagas de estágio que pedem como requisito justamente a “experiência” e inúmeras habilidades. As maiores e mais desejadas empresas, por outro lado, selecionam estagiários e trainees exclusivamente por meio de avançados processos seletivos, que envolvem comumente mais de três diferentes fases. Costumam ser valorizados candidatos com bons diplomas acadêmicos e ótimas habilidades sociais. Uma boa universidade conta muito. Uma boa oratória, idem. Mais do que ser motivado, o candidato precisa parecer motivado e ser convincente.

A tendência, aliás, é mundial e irreversível. Dada a alta concorrência, as organizações querem investir apenas em jovens que já tenham história e experiência para contar, brilho nos olhos por uma oportunidade e faca nos dentes pela vontade de trabalhar. Tudo, claro, vai ao encontro da chamada Geração Millenium, formada por nascidos de meados dos anos 1980 aos 1990, marcada pelo espírito de liderança, constante inquietação e familiaridade com a internet.

Algumas iniciativas das universidades têm ajudado, porém, a amenizar o estresse e a pressão desse período. Para potencializar a carreira do jovem, cria-se oportunidades ainda antes do estágio para se ganhar experiência, maturidade e profissionalismo. Destaco as empresas juniores e os centros de empreendedorismo. As primeiras são empresas reais formadas por alunos selecionados em processos seletivos internos. Elas atendem clientes verdadeiros com a supervisão de professores. Estudantes dividem todos os cargos da organização, incluindo diretorias e presidência. Na maioria das vezes, o faturamento é reinvestido na própria empresa, não havendo salário para os participantes. “Antes de receber, é preciso ficar caro!”, diz uma das frases que motivam os empresários juniores, assim chamados seus participantes.

Os centros de empreendedorismo, por outro lado, buscam fomentar no jovem universitário experiências e habilidades empreendedoras para que possam, se desejarem, formarem seus próprios negócios ao fim do curso. Ferramentas de marketing, contabilidade e gestão de pessoas são alguns dos temas trabalhados. Quem participa, jura que essas experiências são transformadoras para a vida do universitário. E, para melhorar, também contam muito para os processos seletivos.

* Publicado originalmente no Jornal de Empregos & Estágios

“O futuro é hoje”, meu artigo para o Portal Administradores

Quando pequeno, sempre ouvimos aquele discurso que “no futuro” teremos ou faremos isso e aquilo. Ao entrar na faculdade, se começa a ver que a vida não seria tão fácil, como nos pareceria ainda na adolescência, muitos procuram logo um bom emprego (ou estágio), outros acabam mudando de graduação ou, até mesmo, abandonando a faculdade.

Entretanto, poucos alunos logo se engajam em causas políticas, universitárias ou, ainda, sociais.

Muitos creem que estar em uma faculdade é poder se divertir a semana toda sem limites e não lembram que, na verdade, deveriam estar se preparando para um futuro que na realidade já chegou.

Os universitários precisam saber que esse é o seu momento de começar a crescer, aonde podem arriscar, pois é apenas um risco. Quando passa esta fase a maioria já não terá as mesmas chances e “aquele futuro” já passou. Agora, o futuro já seria outro.

É, muitas vezes, o momento dos jovens se unirem em torno das juventudes partidárias, dos grupos de discussão acadêmica, dos projetos sociais que a cada dia vem crescendo no Brasil e, principalmente, das Empresas Juniores das suas faculdades.

Estas empresas são aquelas aonde a maioria, que irá para o mercado de trabalho, vai conhecer mais profundamente o cotidiano de uma empresa e como deveria se portar.

A participação nas juventudes e organizações sociais é de profunda importância, pois, ali esses jovens poderão debater, seja qual for sua visão, o futuro da nação, aonde, futuramente, muitos virão a se engajar ao mundo político e então não teremos esses políticos que se candidatam por interesses de negócios próprios e, sim, teremos jovens líderes atuantes e que farão tudo por amor ao nosso país.

Se o Brasil passa hoje por essa atual crise, política e econômica, é realmente pela falta de líderes, seja econômico ou político também. Por anos, muitos de nós jovens, ficaram afastados de diversos movimentos, talvez devido ao recente Governo Militar que tivemos durante anos no Brasil.

Entretanto, aos dias que estamos passando, vejo cada vez mais os movimentos, seja de oposição ou não, crescerem e que, certamente trará ao Brasil novas lideranças e, aí sim, veremos um novo Brasil, sem pessoas remanescentes e com ideias mais empreendedoras para o futuro.

*Artigo publicado originalmente no Portal Administradores

Por que defendo o impeachment?

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A abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff será votada hoje no plenário da Câmara dos Deputados. Embora já tenha me manifestado anteriormente em favor do impeachment, inclusive participado das grandes manifestações de março, outra vez volto a explicar as razões pelas quais acredito que o impeachment é necessário e justo. Caso concorde com os pontos que eu levanto aqui, não deixe de compartilhar esse post para os seus amigos. Hoje pode ser um dia decisivo para o nosso país e precisamos entender o por quê!
 
RAZÃO JURÍDICA. Para mim, as “pedaladas fiscais” têm nome e sobrenome: são fraudes contábeis de grande gravidade. E nunca feitas em igual proporção por nenhum outro governo. Dilma, intencionalmente, descumpriu o espírito da Lei de Responsabilidade Fiscal, gastando mais do que devia e enganando o eleitor sobre a situação econômica do país na última eleição. Por esses e por outros equívocos, a economia perdeu confiança internacional, os bancos públicos passaram a servir a um só partido e a crise se potencializou, culminando na pior recessão econômica da história do Brasil. Enxergo, portanto, que houve sim crime de responsabilidade. Há legitimidade e legalidade no impeachment, que de golpe não tem nada.
 
RAZÃO POLÍTICA. Para mim, Dilma fracassou de maneira irreversível. Ela falhou ao fazer uma aliança com os piores: os mais retrógrados, os mais corruptos, os mais autoritários, os com as piores ideologias. Além do mais, Dilma falhou como gestora. Na presidência do Conselho da Petrobras e, depois, na presidência da república, por exemplo, ou foi incompetente ou foi cúmplice da corrupção bilionária que ocorria. Dilma também se mostrou totalmente incapaz de unir o país. Desde sua apertada vitória, não demonstrou humildade, coragem ou vontade de dialogar com a sociedade. Somente agora – à beira do impedimento! – promete um “pacto”. Ninguém acredita mais. O governo Dilma não tem proposta para o Brasil, tem proposta apenas para se manter no poder. Dilma traiu o país com promessas mentirosas e com sua presença o povo é incapaz de se unir novamente. Se Dilma seguir presidente, a crise só se estenderá. Até porque seu mandato continuará por um fio, sob ameça de cassação pelo Tribunal Superior Eleitoral, que atualmente investiga se ela se beneficiou de dinheiro sujo na campanha.
 
RAZÃO MORAL: Tenho convicção de que Dilma sempre soube de tudo, bem como o ex-presidente Lula. Isso é uma opinião pessoal, mas eu realmente acredito na delação de Delcídio do Amaral, seu ex-líder de governo. Acredito que Lula permitiu que roubassem o Brasil – portanto, que roubassem as nossas riquezas e nosso futuro descaradamente. E pior: tenho cada vez mais convicção de que, como todo mau caráter, Lula se beneficiou desse roubo pessoalmente. Se tudo isso for verdade, como parece, é lógico imaginar que ele nunca poria na presidência alguém que não concordasse também com essas práticas. Alguém que, em resumo, também não estivesse interessado em mantê-las. Por isso desconfio tanto da índole presidente Dilma. Que, aliás, ao nomear Lula ministro, acabou reforçando ainda mais as minhas desconfianças. Ela agiu propositadamente visando a obstrução da justiça. As gravações deixam isso claro. E, como diz o ditado, quem não deve não teme.
 
É por tudo isso que defendo o impeachment. Se minha luta é por um país mais justo, empreendedor e livre, essa luta começa pela deposição da presidente. Não porque seja o caminho mais agradável ou menos traumático, pois não é. Mas tão somente porque é o caminho necessário a ser tomado antes que o Brasil pegue fogo de vez.

Rio “Mais Fácil”, mas não fácil o suficiente

Meme - Alvará Já - Prefeitura

Conheço muitos empreendedores ou pessoas que têm o sonho de empreender que, infelizmente, parecem se importar muito pouco com a atividade política. Acho que esse é um grande erro. Nossa economia só se tornará mais livre e próspera se todos nós realmente nos empenharmos para isso!

Não podemos mais nos dar ao direito, por exemplo, de sermos indiferentes com a absurda burocracia que sufoca os empreendedores. Ela inviabiliza os projetos, sufoca os pequenos e jovens empresários, encarece o processo de criar e desenvolver uma empresa e torna o negócio formal menos atraente. No final, todos saem perdendo! Precisamos nos mobilizar para mudar esse quadro: e ele só mudará quando tivermos representantes que saibam que propostas mais liberais serão efetivamente valorizadas.

Aqui no Rio mesmo há um exemplo de burocracia e ineficiência, muito bem ilustrado pelo meme. O sistema online da Prefeitura do Rio para obtenção de alvará – que, por sua vez, é passo fundamental para emitir notas fiscais – deixa muito a desejar! Apesar da nova roupagem batizada de, ironicamente, “Rio Mais Fácil”, o sistema continua lento e frequentemente offline!

Alguns dirão que houve avanços nos últimos anos e que o processo de criação de CNPJ foi facilitado com o MEI. É verdade! Mas não podemos nos esquecer que ainda está muito, muito aquém do que efetivamente deveria ser. Por isso, não vamos nos contentar! Os empreendedores precisam de mais liberdade! Deveria ser óbvio, mas não custa lembrar: um país que não dá liberdade para seus empreendedores acaba empobrecendo a todos.

Vamos mudar essa situação quando?