Ao contrário do que normalmente se pensa, empreender não é uma iniciativa que se volte apenas para a criação de negócios com fins lucrativos. Algumas vezes, os empreendedores, com seu espírito desbravador e enxergando longe, conseguem tornar realidade projetos sociais inovadores que impactam positivamente a sociedade – e até podem encher os olhos do mundo.
Os Jogos Olímpicos da Era Moderna, que hoje encantam pessoas de todo o planeta e movimentam atletas de todas as origens e modalidades, nasceram da cabeça de uma pessoa assim. Seu nome? Pierre de Frédy (1863-1937), mais conhecido pelo seu título de nobreza: Barão de Coubertin.
Historiador e pedagogo, Pierre chegou até a ideia que o marcaria para sempre na História aliando seus dois grandes interesses. Na Pedagogia, ao observar as escolas inglesas e americanas, surgiu o impulso de criar algo para melhorar o sistema de educação na França, o que já denunciava sua vocação realizadora. Na História, o interesse pelas descobertas arqueológicas das ruínas de Olímpia, onde os gregos antigos sediavam suas competições, despertou no Barão o projeto de revivê-las.
Em 1894 ele propôs a fundação do Comitê Olímpico Internacional, e os primeiros jogos, que a partir dali se dariam sempre de 4 em 4 anos (salvo nos períodos em que houve as duas Guerras Mundiais), ocorreram em 1896, em Atenas. Hoje, o sonho de Coubertin chegou, pela primeira vez, à América do Sul.
É isso que são os Jogos modernos: um verdadeiro empreendimento que inspira gerações de jovens no esporte e que percorreu o mundo inteiro, saído da cabeça de um grande homem que teve uma brilhante ideia.