A população brasileira vem clamando por uma ampla reforma política, não apenas nas casas legislativas, como também, no executivo. Na última semana a Presidente Dilma anunciou sua reforma ministerial.
Mas para quem foi sua reforma? Para o José, do Maranhão? Para o Bruno, do Rio? Para o Fernando, de Dourados? Ou para a classe política e interesseira de Brasília?
Talvez até os principais nomes da oposição brasileira ainda tivessem alguma esperança que nesta reforma houvesse algo significativo. Não teve.
No começo foi anunciado um corte de dez ministérios. Por falta de habilidade política só conseguiram cortar oito.
Pela quarta vez, no ano de 2015, Dilma troca seu Ministro da Educação. Para a pasta volta seu ex-ministro Aloizio Mercadante (PT), economista de formação e que era muito contestado na Casa Civil.
Na pasta da Saúde, outra trágica escolha. O ex-ministro Arthur Chioro (PT), médico sanitarista e professor universitário, ficou um ano e meio no Ministério. Dilma, por “necessidade”, o demitiu pelo telefone. Nosso novo Ministro da Saúde, o Deputado Federal Marcelo Castro (PMDB) também é médico, mas desde que entrou para a vida pública, nunca lutou por temas ligados à área.
Além dessas mudanças, talvez a pior de todas seja do Ministério da Defesa, antes com Jacques Wagner (PT), agora com Aldo Rebelo (PC do B). É sabido que comunistas e militares não se dão bem. Dilma nesta pasta fez uma de suas jogadas mais arriscadas.
E a reforma ministerial, que pareceu mais uma dança das cadeiras, fez qual diferença para a população e o Brasil? Ou foi apenas mais uma negociata política?
Mas tenho certeza que essa reforma não foi e nem será sentida pelo José, pelo Bruno e nem pelo Fernando. Talvez, a reforma só tenha agradado aos novos Ministros.